Normalmente não gosto deste tipo de matéria pq sempre acho que quem escreveu não viveu nada disso mas esta matéria me chamou a atenção, li tudo e acho que é bem por ai mesmo, só que infelizmente não acontece assim pra todo mundo. Seria o ideal mas nem todo parceiro age assim.
Sete fases para superar uma infidelidade
Por
- colunista do Delas do Ig
|
Elas podem seguir aproximadamente a sequência abaixo:
1. Arrependimento;
2. Desforra;
3. Explicações e esclarecimentos;
4. Indenização;
5. Perdão;
6. Reasseguramento;
7. Repactuar a relação.
Para
passar por elas com sucesso, é importante que o parceiro que traiu
tenha sensibilidade e paciência e que o parceiro traído não se engesse
na postura do ressentido a ser "reconquistado".
1. Arrependimento
Em
geral, cabe ao parceiro que foi infiel demonstrar com clareza que se
arrepende. Não apenas da boca para fora, mas com uma profunda conexão
emocional. Não justifique sua infidelidade acusando o parceiro ("Você me
tratava com frieza") ou falando das suas próprias necessidades ("Eu
estava carente"). Soará como tentativa de minimizar o problema. Deixe
para abordar suas reivindicações mais tarde, quando seu parceiro estiver
pronto para repactuar o casamento. Ainda que você não se arrependa de
ter tido um caso,
lamente estar causando sofrimento ao parceiro. E não ter sabido
enfrentar os problemas conjugais. Deixe o arrependimento claro em
palavras, atitudes e respeite a dor do outro.
2. Desforra
Talvez
o parceiro traído durante meses sinta fúria, ou fique amuado e puna-o
com silêncios. Ele precisará de um tempo para descontar a mágoa. Ao
punir você, ele não só se alivia, como pretende "reeducá-lo" e fazê-lo
saber como doeu. Aguente e respeite estes sentimentos. Querer abreviar
rápido demais o período de expiação ("viremos logo a página") só piora
as coisas. Em geral, ao longo dos meses a raiva tende a diminuir e se
intercalar com momentos de prazer. Tenha paciência. Se esse período se
alongar além do razoável, é preciso que o parceiro infiel dê um basta à
quarentena de punições. Se vocês se gostam e querem permanecer juntos,
encontrarão o balanceamento adequado.
3. Processo de explicações e esclarecimentos
A
maioria das pessoas traídas quer saber tudo que de fato se passou.
Essas explicações ajudam a situar o parceiro traído, que ficou sem
referências e busca redescobrir quem é seu conjuge e o quanto foi
exposto. Aprenda a aguentar esses interrogatórios e as reações intensas
de mágoa a cada nova informação que você for "soltando". Se você mentir
para preservar a relação, poderá ser desmascarado e parecer um mentiroso
incorrigível. Se o caso terminou e quer resgatar a relação, aguente com
paciência. Mas se estes interrogatórios se tornarem repetitivos e só
deixarem ambos atolados na mágoa, dê um basta com ternura, mas firmeza:
"Já lhe disse tudo de importante. Não vou entrar em detalhes que não
acrescentam nada e apenas nos farão mal". Se você for a parte traída e
não puder parar, busque ajuda, não destrua o que restou expondo demais a
si e ao parceiro.
4. Indenização
Se
você traiu e quiser restaurar a relação, é preciso "indenizar" o
parceiro: corrigir antigas negligências de sua parte e atender a partir
de agora com mais cuidado às necessidades dele. Essa fase é talvez a
mais importante para o futuro da relação. Tanto você como ele poderão
utilizar esse período de resgate da relação para incorporar novas
práticas de um cuidar do outro. Não se trata de uma "limpada de barra
provisória": não volte, mais adiante, aos antigos padrões de
negligência. E se você for a parte traída, cuidado para não exagerar nas
exigências e pedidos de mimo.
5. Perdão
Se
você é a parte infiel, não tenha pressa para que seu parceiro
oficialize um perdão. Se você foi traído, reveja o que os vincula, qual o
valor que a relação tem para você. Não seja moralista e não se afunde
na autocomiseração. Você não será o primeiro nem o último a ser traído.
Se quer ficar casado, em algum momento terá de superar e perdoar. Se
precisar de ajuda psicoterápica, não hesite em procurar, pois pode ser
difícil lidar com as vulnerabilidades ativadas em você. Perdoar é
empatizar com o parceiro, compreender os contextos e se dispor a
repactuar a relação. Não é fácil, mas com autoestima e confiança na
vida, é possível recuperar o equilíbrio e refazer uma aposta no
parceiro.
6. Reasseguramento
Se você tiver
sido infiel, terá de tranquilizar o parceiro por meses ou anos. Ele
gostaria de ter acesso a seus e-mails, celulares, de poder achá-lo a
qualquer momento, de ter sua agenda diária, de acompanhá-lo em viagens,
de ser incluído em programas que antes eram exclusivamente seus? Dar a
ele acesso a seu cotidiano é o custo de tranquilizar um conjuge
traumatizado. A prioridade na fase de resgate de confiança não é o seu
conforto, mas o do parceiro.
7. O sétimo passo: repactuação
Depois
do choque inicial, muitos casais acabam por revisar a relação. Mesmo
que você tenha sido traído esteja aberto a rever quais comportamentos
seus podem ter contribuído para que o casamento desandasse e, se quiser
resgatar a relação, cabe também a você fazer sua parte. Se foi você quem
traiu, chegou a hora de, além de escutar as necessidades do parceiro,
colocar também as suas. Se tiverem afinidade, atração sexual e
complementaridade psicológica, terão tudo para seguir adiante,
conectar-se às necessidades do outro e evitar repetir erros -- e
cultivar melhor a relação.
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